quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Casa Caiada

A casa caiada caíra, coitada, de vara quebrada, parede rachada, de telha partida, e a dona parada, na porta de entrada ficara espantada: seria verdade que a casa caiada tivera caído? Não mais serviria pra dar-lhe guarida? Os filhos nasceram na casa caiada, na casa criara, de si os rebentos, porvir sofrimento, viera o alento de filhos criados, prantos derramados, fortaleza tivera, vencendo a pobreza, com brio e nobreza, da vida a beleza, soubera esperar, e filhos criados, vencera, pensara, a casa servira e mais serviria pra dar-lhe guarida no fim dessa vida. A casa caiada se antecipara, sua vida se expira, e a dona coitada, já velha alquebrada, que filhos criara, na vida sofrida, na casa caiada agora caída, carece de amparo, na casa daqueles que aquela criara. Será que amparo haverá  para aquela, que casa tivera e nela criara, com dor sofrimento, a cada rebento, que de si saíra, com amor e rigor, que exige a pobreza, e jaz com nobreza, a espera do amparo, na porta da casa, caiada e caída, que dela guarida não pode esperar, e espera que filho que pobre criara, guarida ofereça pra aquela que agora, a casa caida não pode amparar.
Novembro/2010
Geraldo Freitas Souza
 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma Gota de Cultura 2 - Zé da Luz

A cultura popular do nordeste brasileiro é muito rica e reconhecida internacionalmente. Infelizmente, nós, os nordestinos, não a valorizamos o tanto quanto deveríamos. São centenas de artistas nas mais diversas áreas, escondidos por esses rincões: escritores, compositores, cantores, romancistas e poetas. Cantam nossa terra, nossa cultura, nossas tradições. Estas já bastante deturpadas, justo pelo desconhecimento e falta de valorização. Alguém já disse que quem não conhece o passado, não valoriza o presente e não tem futuro.
Vasculhando essa cultura, encontrei Zé da Luz, um poeta popular paraibano, do qual ouvi falar pela primeira vez num programa de Rolando Boldrim, na TV Cultura (recomendo - às terças-feiras/22 hs).
Zé da Luz, cujo nome verdadeiro e completo é Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965. O trabalho dele é conhecido pela linguagem matuta presente em seus cordéis. Como na Paraíba todo mundo é José, essa é a única explicação que encontro para a alcunha com a qual ficou conhecido.

Poeta matuto, poeta da terra. Poetizou o nordeste, o sertão nordestino, com suas histórias de dor e de amor, com a linguagem pura do caboclo, que faz sorrir e, por vez, chorar, que encanta e embobece o sábio e deleita o simplório.
Zé da luz foi alfaiate por profissão, mas soube mesmo foi vestir de bela rima a cultura da qual emanou.
Dentre as suas poesias destaco:

AS FLÔ DE PUXINANà                                                              


Autor: Zé da Luz


Três muié ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué cristão
os oiá déssa minina.

Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.

A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.

Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.

Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui eu vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.

Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!

A CACIMBA


Autor: Zé da Luz

Tá vendo aquela cacimba
lá na bêra do riacho,
im riba da ribanceira,
qui fica, assim, pru dibáxo
de um pé de tamarinêra.

Pois, um magóte de môça
quage toda manhanzinha,
foima, assim, aquela tuia,
na bêra da cacimbinha
prá tumar banho de cuia.

Eu não sei pru quê razão,
as águas dessa nacente,
as águas que ali se vê,
tem um gosto diferente
das cacimbas de bêbê...

As águas da cacimbinha
tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
do suvaco déssas môça...

Quando eu vejo éssa cacimba,
qui inspio a minha cara
e a cara torno a inspiá,
naquelas águas quiláras,
Pego logo a desejá...

... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
cum dois óio dêsse tamanho
Prá ver aquele magóte
de môça tumando banho!

Muitas outras, daí pra melhor, você vai encontrar como Brasi Caboclo, uma de suas melhores obras.
Mais Poesia de Zé da Luz

sábado, 24 de julho de 2010

Política, cordel e cultura

Não sou político. Será???
Todos o somos. Ou não???
Recebi essa poesia em cordel, pelo meu correio eletrônico, e gostei muito. Gostei muito do estilo, da obra em si, aliás sempre fui um fã dessa forma poética tão nordestina, tão raiz. É um tipo de arte que se pode, verdadeiramente, afirmar de inspiração divina pois vem, quase sempre, de pessoas simples, sem estudo, sem cultura formal.
Mas não gostei da idéia porquanto conheço bem o emissário...

UM "PAC" COM A DILMA?

Cordel de Miguelzim de Princesa, direto do Cariri.


Quando vi Dilma Roussef
Sair na televisão
Com o rosto renovado
Após uma operação
Senti que o poder transforma:
Avestruz vira pavão.

De repente ela virou
Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem
Começam a soltar psiu
Pensando em 2010
E em bilhões que ela pariu.

A mulher que era emburrada
Anda agora sorridente
Acenando para o povo
Alegre mostrando o dente
E os baba-ovos gritando:
É Dilma pra presidente!

Mas eu sei que o olho grande
Está mesmo é nos bilhões
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições
E mandou Dilma gastar
Sobretudo nos grotões.

Senadores garanhões
Sedutores de donzelas
E deputados gulosos
Caçadores de gazelas
Enjoaram das modelos
Só querem casar com ela.

Também quero uma lasquinha,
Um pedaço de poder,
Quero olhar nos olhos dela
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela
Mulher nenhuma há de ser.

Eu já vi um deputado
Dizendo no Cariri
que Dilma é linda e charmosa,
igual não existe aqui,
e é capaz de ser mais bela
que a Angelina Jolie,

Diz que pisa devagar,
que tem jeito angelical
nunca gritou com ninguém
nem fez assédio moral,
nem correu atrás de gente
com um pedaço de pau...

Dilma superpoderosa:
8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser
Da forma que ela mandar!
(Sem contar com o milhão
Do cofre do Adhemar.)

Estou com ela e não abro:
Viro abridor de cancela
Topo matar jararaca
Apago fogo em goela
Para no ano vindouro...
Fazer...um PAC com ela?".
DEUS nos livre!

...e resolvi respostar.
Não deixei por menos. Não sou político partidário, desses afiliados a partidos, desses “de carteirinha”, embora tenha lá minhas predileções. Essas ditas predileções têm estado bem mais esmaecidas nos últimos tempos pela cumulação de decepções, mas não quero voltar ao passado. Busquei minhas origens alencarinas e dei a resposta no mesmo estilo:

Ruim por ruim...


Recebi muito contente
O imei de vosmecê,
Falando da nossa Dilma
E do que pode acontecer,
Mas pode ser pió cum Serra
Que é cria de FHC.

Se fô pelo zôio grande
O do Serra é bem maió,
E já passou pelas tetas
Mamando de faze dó.
Inventô um tá genérico
Que o preço nem é tão bom
E o efeito é bem pió.

Se ocê for confiar
Nos povo de lá de cima,
Vai se decepcionar
Pois tudo é da mesma sina,
Só quere é incher os bolso
E esbarrotar a tina.
Só Deus é de confiança,
O resto é tudo lambança
Pra ir explorar a MINA.


Eu vô votar na Marina
Uma descente menina
Que vei das bandas do norte,
Se ela vir a ganhar,
E seu papo num mudar,
Isto vai ser nossa sorte

Mas penso com muita cisma
Que no tal turno segundo
Ela num vai disputar,
Aí de certo que a Dilma,
Na copa dos pió do mundo
No jogo dos menos pió,
A taça vai levantá.

Geraldim do Ceará
Cordelista esporádico

Aqui não trago nenhuma conotação eleitoral, é mais humor.
Pensar é livre;
Votar é obrigatório;
Mas, opções são várias... até nulo ou branco.
Pense!!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Brasil: Nação ou Time?


O quadriênio é um período marcante na história da civilização. Principalmente nos tempos modernos e contemporâneos, muitas de nossas atividades são desenvolvidas, via de regra, nesse lapso temporal.

Os mandatos políticos, não só no Brasil, são quase sempre limitados a esse tempo. Deputados estaduais e federais, vereadores, prefeitos e governadores e, ainda, os presidentes da República são eleitos para um mandato de quatro anos sendo que os cargos executivos podem ser reeleitos por mais quatro e os senadores já são eleitos para um mandato de oito anos que não é nada mais do que duas vezes quatro.

Até o movimento orbital da terra é ajustado de quatro em quatro anos, com o chamado ano bissexto, para compensar o excedente de seis horas que ocorre no nosso movimento de translação.

As nossas competições esportivas são anuais, bienais ou quadrienais. As duas mais importantes do planeta ocorrem de quatro em quatro anos e são as Olimpíadas e o torneio mundial de futebol conhecido como copa do mundo.

Nesta, o Brasil se sobressaiu desde 1958 quando foi campeão pela primeira vez com a estréia do nosso Pelé, que seria depois coroado mundialmente como o Rei do Futebol. Sucederam-se as vitórias em 1962, 1970, 1994 e 2002 tornando-se pentacampeão mundial de futebol, único, seguido pela Itália com quatro vitórias, Alemanha com três, Uruguai e Argentina com duas vitórias cada e, finalmente, a Inglaterra e a França que se sagraram campeãs apenas uma vez. Esta importante competição iniciou-se em 1930 idealizada pelo francês Jules Rimet, não acontecendo apenas nos anos de 1942 e 1946 por causa do grande conflito mundial ocorrido naquele período.

Nessa seqüência quadrienal, vemos um país com um intenso fulgor verde e amarelo estampado em todos os cantos: praças, ruas, residências, casas comerciais, carros e corpos. Neste ano, mais uma vez todos se vestem do orgulho das cinco estrelas douradas do penta e do verde da esperança para o hexa. Os barulhentos fogos, já tão comuns no nordeste nestes tempos de festejos juninos, são agora multiplicados na ansiedade da espera antes da peleja, no seu decorrer, pelos gols ou grandes lances de nossos craques e no pós jogo pela felicidade da vitória e da classificação.

Das "oitavas" em diante, a festa pode acabar a qualquer momento. Mas o que se espera é a conquista do hexa na grande final. Afogar-se ou morrer na praia não é objetivo de ninguém com o juízo no lugar.

Mas, e se perder? Acabou? Vamos esperar para daqui a quatro anos, recolhidos e tristes?

Perdendo ou ganhando a festa não dura muito. Logo logo as bandeiras são recolhidas e as roupas voltam aos armários. O verde e amarelo desaparece e a vida, aos poucos, retoma a sua rotina.

E perdeu.

O verde e amarelo perdeu para o laranja. Os holandeses que nunca ganharam uma copa derrotaram os pentacampeões. A tristeza invadiu o coração de muitos e as lágrimas escorregaram dos olhos de outros tantos mais apaixonados e mais emotivos.

E agora??

Agora continuamos os mesmos; continuamos semelhantes aos semelhantes. Perderam também a França, a Inglaterra, a Itália e até a Argentina. Os donos da casa sairam todos. Não temos que ser os melhores nesse quesito e sempre. Há outros quesitos a serem julgados.

Agora, continue vestindo o seu verde e amarelo, ou o azul e o branco do pavilhão nacional; cole no seu carro um adesivo da bandeira; cante o nosso hino. Fale e orgulhe-se do Brasil, esse Pais emergente, essa nação de raça miscigenada, mas de raça; esse povo sofrido e explorado, mas cheio de esperança porque, afinal, somos de cada dia e não de cada quadriênio; somos o país do hoje e do amanhã, do agora e do futuro; somos uma nação que crê, que trabalha, que espera; somos a nação Brasil, não um simples time de futebol.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Atire a primeira pedra...

Estou de volta.

Estive afastado por motivos superiores e diversos mas estou retornando e retorno com um tema sugerido por uma leitora e amiga, que muito me incentiva e divulga esse meu Bloguinho.

Somos seres naturalmente defeituosos e insistimos em detectar, mensurar e condenar os defeitos alheios. Os nossos são, quando não despercebidos, plenamente justificáveis.

Nossa meta é (ou deveria ser) a busca da perfeição. Buscar atingi-la já é o tudo posto que alcançá-la é impossível.

O direito nos ensina que quem pode o mais pode o menos. Quem pode fazer grandes coisas, com facilidade fará as coisas miúdas. A sagrada escritura nos ensina que quem é fiel nas pequenas coisas, saberá ser fiel nas grandes e, ao contrário, quem não guardar fidelidade nas coisas simples, nunca poderá ser confiável nas coisas mais complexas.

Assim, a mentira, a desonestidade, a infidelidade, a corrupção, devem ser condenadas pelo mal que guardam em si mesmas e não pelo tamanho que possam representar nem pela extensão das conseqüências que venham a dar causa.

Se nos acostumamos a nos perdoarmos pelas pequenas falhas, já que pouco representam e têm conseqüências insignificantes que em nada e a ninguém prejudicam de forma grave, vamos como que afrouxando nossa consciência e acabamos por acreditar que nada é pecado, salvo os grandes crimes praticados por facínoras, sem nenhum escrúpulo. Se não matei, se não assaltei, se não estuprei,... já estou no céu por que o resto é bobagem.

Esqueço que não respeitei a faixa de pedestre, que embolsei o pequeno troco a mais que o garçom, atrapalhado, me passou, que levei da Empresa onde trabalho uma caneta para meu filho usar na escola, que dei dez reais ao “guardinha” para que ele fechasse os olhos à minha pequena infração, que comprei CD’s e DVD’s piratas, que etc., etc., etc..

O evangelho nos relata a história da mulher adúltera que, pelas leis da época, deveria ser apedrejada até a morte. Levam-na até Jesus para pô-lo à prova. “Mestre, esta mulher é adúltera. Devemos apedrejá-la?” Se Ele dissesse não, estaria contrariando a lei judaica; se dissesse sim estaria se contradizendo nos seus ensinamentos de perdão e misericórdia. Então, em sua divina sabedoria, Ele fala: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”. E conclui o Sagrado Livro: Foram saindo um a um começando pelos mais velhos.

A mulher não foi apedrejada certamente porque as pessoas se reconheceram como pecadoras, com pecados semelhantes ou diversos, mas pecadoras. Ela foi dispensada com a absolvição mas com o compromisso de mudança. - Vai e não tornes a pecar. (João 8,3-11)

No mundo de hoje não sei se a pobre mulher estaria livre das pedradas. Muitos dos presentes até poderiam se reconhecer pecadores mas, com certeza seus pecados seriam mais brandos e mais perdoáveis que o imperdoável adultério cometido pala mulher (até por ser mulher).

Devemos buscar a perfeição começando pelas pequenas coisas. O direito preferencial dos idosos e deficientes não deveria ser uma imposição legal mas uma questão educacional. Hoje, fala-se muito em buscar os direitos mas esquecemos dos deveres. Sempre ensinamos aos jovens, aos nossos filhos, que não podemos nem devemos abrir mão de nossos direitos mas nem sempre mostramos os deveres. A sociedade, os meios de comunicação agem nesta mesma linha. Cidadania virou sinônimo de ter direitos. E os deveres? Já vi muitos pais recomendarem às crianças quando saem às ruas: Cuidado com os carros! Nunca vi os pais recomendarem aos jovens quando saem de carro: Cuidado com os pedestres!

Sempre reconhecemos os defeitos, os crimes, as falhas dos outros. Os políticos são os mais atingidos hoje em dia. Longe de mim defendê-los. Embora ainda acreditando na existência de bons exemplares nessa casta, não é meu objetivo direcionar-me a ela neste texto.

Aperfeiçoemo-nos. Sejamos cada vez melhores. Comecemos pelas pequenas coisas e, quiçá, alcancemos as médias, pois as grandes ficarão para depois, para quando do nosso grande encontro com a própria Perfeição.

Concluo com uma relação de tópicos que me foi enviada pela a minha leitora amiga, inicialmente mencionada, cuja autoria desconheço, mas que converge para o raciocínio aqui expresso.

Se o leitor se identificar com algum desses tópicos, não se preocupe. Busque a mudança, siga em paz e não torne a cometer o mesmo erro.

Geraldo Souza
Maio/2010

O Brasileiro é assim:

1. Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.

5. Fala no celular enquanto dirige.

6. Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. Viola a lei do silêncio.

9. Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

11. Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

13. Faz “gato” de luz, de água e de TV a cabo.

14. Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda, para pagar menos imposto.

16. Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

17. Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.

18. Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

21. Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

22. Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

27. Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe da empresa onde trabalha.

28. Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

29. Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não? Brasileiro reclama de quê, afinal?

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."